quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Justiça afasta presidente de Câmara Municipal suspeito de desviar dinheiro de associação que atende crianças no Paraná

Operação da Polícia Civil em Centenário do Sul — Foto: Reprodução/Polícia Civil

A Justiça determinou nesta quarta-feira (28) o afastamento do presidente da Câmara de Vereadores de Centenário do Sul, Rubisnei Aparecido da Silva (PDT). A decisão é do juiz André Luís Palhares e atende a pedido do Ministério Público.

A decisão também afastou por tempo indeterminado o político do cargo de agente de gestão municipal acumulado por ele na prefeitura.

Segundo o MP, o parlamentar e mais nove pessoas são suspeitos de desviar aproximadamente R$ 4 milhões das contas da Associação de Proteção à Maternidade, Infância e Família (APMIF) do município do norte do Paraná.

O g1 tenta contato com o parlamentar, com a Câmara Municipal e com a Prefeitura de Centenário do Sul.

Na decisão a que o g1 teve acesso, o juiz definiu que o vereador seja afastado do cargo por 120 dias, ou seja, até o final de janeiro de 2023.

A decisão não esclarece se o vereador continuará recebendo salários durante o período de afastamento.

Suspeitas de desvios

Em junho deste ano, as suspeitas levaram à deflagração da Operação Hera, pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. Rubisnei Silva e mais nove pessoas foram alvos da ação que cumpriu 17 mandados de busca e apreensão.

Os suspeitos foram denunciados por organização criminosa e peculato - o crime de desvio praticado por funcionário público.

No despacho, o juiz cita que investigação do Ministério Público apontou recebimento pelo vereador de mais de R$ 43 mil dos cofres da entidade "sem qualquer justificativa".

Ainda conforme o MP, o vereador teria "camuflado a origem do dinheiro", alegando que teve a conta bancária usada pelo filho.

De acordo com o promotor, a associação é mantida unicamente com recursos públicos e atende crianças e mães de Centenário do Sul.

O MP apurou que servidores municipais "seriam os responsáveis por autorizar pagamentos pela associação a beneficiários indevidos".

Fonte:  g1 PR

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