Foto: Alexandre Schneider/Getty Images
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar se quatro jogadores da Seleção Argentina falsificaram documentos com o intuito de facilitar a entrada no país. A investigação formal tem início depois que agentes da Anvisa interromperam ontem (5) o clássico entre Argentina e Brasil, na Neo Quimica Arena, em São Paulo, válido pelas Eliminatórias.
Após a paralisação, a partida de futebol acabou sendo suspensa pela Conmebol. Segundo o órgão de fiscalização brasileiro, que tem autonomia para exercer a função independentemente de interesses de terceiros, os atletas descumpriram normas sanitárias e deveriam ser deportados.
Policiais federais apuram se os argentinos cometeram ou não o crime de falsidade ideológica. O inquérito, em fase inicial, se baseia em informações da Anvisa e da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo.
Quatro jogadores —o goleiro Emiliano Martínez, o zagueiro Cristian Romero, o volante Lo Celso e o meia-atacante Emiliano Buendía— teriam omitido na declaração de entrada no país o fato de que passaram pelo Reino Unido nos últimos 14 dias. Os quatro atuam em times ingleses.
De acordo com as normas em vigor, viajantes oriundos do Reino Unido precisam passar por um período de quarentena tão logo cheguem ao Brasil. A medida foi tomada em razão do avanço da contaminação pela variante Delta do covid-19 no país europeu. Caso os atletas tivessem prestado informações verdadeiras no formulário exigido pela Anvisa, os mesmos não teriam condições de entrar em campo no jogo contra o Brasil, ontem.
A Polícia Federal também informou ter notificado a delegação da Argentina a respeito da necessidade deportação —procedimento padrão em situações de descumprimento de regras sanitárias. No entanto, a sanção ainda não foi executada e os quatro atletas ainda devem ser ouvidos formalmente no curso do inquérito.
Fonte: UOL
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