O Outubro Rosa já começou, mas a campanha deve continuar durante todo o ano. O objetivo é essencial: conscientizar e alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero. Para esclarecer as dúvidas sobre o assunto, o mastologista do Sistema Hapvida, Dr. Francisco Figueiredo, respondeu algumas perguntas.
Quais os principais métodos de diagnóstico do câncer de mama?
Cerca de 80% dos nódulos de mama são descobertos pelas pacientes que, na maioria das vezes, ficam muito ansiosas. Como especialistas fazemos o diagnóstico com o exame físico, perguntamos se há casos de parentes na família da paciente, principalmente, de primeiro grau. Usamos exames complementares como ultrassonografia, mamografia a partir dos 40 anos e ressonância magnética em casos mais detalhados.
Qual a diferença entre mamografia e ultrassonografia e quando esses exames podem ser indicados?
A mamografia usa raio-x de alta frequência que tem poder de se inserir em nosso organismo, usada para o rastreamento do câncer de mama, através desse exame conseguimos verificar lesões pequenas. Já o ultrassom utiliza ondas de alta frequência para verificar as estruturas internas no nosso corpo e diagnosticar cisto, abscesso e diferenciação entre nódulos malignos e benignos.
Há uma idade recomendada para a realização do autoexame?
A mulher pode fazer em qualquer idade. Mas, de maneira geral, é recomendado fazer a partir dos 20 anos. Lembrando que a melhor época de realizar o exame seria em 7 dias após o começo do período menstrual.
No geral, qual o percentual médio de cura para a doença? O diagnóstico precoce pode aumentar as chances?
Em muitos casos, a cura é de 100%. Mas, tudo depende de fatores prognósticos e da resistência imunológica da paciente. Por isso, quanto mais rápido o diagnóstico precoce, maior é a sobrevida.
Tendo histórico de câncer de mama na família. Isso pode influenciar na saúde da paciente? Quais precauções podem ser tomadas?
Sim, é importante sabermos se existe câncer de mama na família. É fundamental identificar também em que idade esse parente, principalmente, se for de primeiro grau, teve o câncer de mama. Se for uma mulher na pré-menopausa ela tem um risco maior de hereditariedade. Já na menopausa o risco diminui.
Procuramos saber também se existem homens que tiveram a doença. Nós, geralmente, recomendamos fazer a mamografia 10 anos antes do habitual. Por exemplo: uma mulher teve um câncer de mama aos 40 anos, então a sua filha, deve fazer a mamografia aos 30 anos. Quando existem muitos casos na família, fazemos uma avaliação em formato de painel genético.
Nenhum comentário:
Postar um comentário