Acordei hoje com a triste notícia.
Mesmo sabendo da gravidade de seu caso, a perda de um grande amigo é sempre uma surpresa, além de um impacto emocional, e até físico.
Geraldo era daquelas pessoas de personalidade única, com princípios, crenças e manias que não se repetem na paisagem humana. Defendia suas ideias e pontos de vista com uma convicção difícil de ser dobrada. Inúmeras vezes suas ideias, aparentemente improváveis, prevaleciam.
Até no ambiente do Guiomar — espécie de sua segunda casa, ou primeira, a depender de como se veja — onde chegam regularmente técnicos, engenheiros, profissionais especializados, ele terminava se encostando por ali e dando sua opinião. As vezes, bem recebida; outras, nem tanto. A ele pouco importava, seguia pensando da mesma forma.
Manteve desde sempre um caso de amor com o Hospital Guiomar Fernandes. Um amor lindo, incondicional.
Não se casou, não teve filhos.
É certo pensar que o seu afeto tenha sido dividido entre os irmãos, sobrinhos, demais familiares e o seu Hospital, sua segunda pele.
O que pode fazer com que alguém seja tão parecida com outra coisa? É provável que o tempo de convivência, a identificação, a entrega, a fidelidade em todo momento.
No Guiomar ele começou, aqui aposentou-se, e voltou a começar tudo outra vez…
Isto talvez explique porque depois de tantos dias e tantas noites nosso amigo tenha aos poucos passado a ser conhecido e chamado por todos de Geraldo do Hospital.
Descanse em paz meu amigo.
Nós choramos aqui e agora por você.
Por Napoleão Veras
Nenhum comentário:
Postar um comentário