quarta-feira, 9 de março de 2022

Júri popular condena médico a 22 anos de prisão por ter matado a tiros idosa em Olho D'água dos Borges

Um júri popular condenou a 22 anos de prisão o médico Wilson Edino de Freitas Jales, de 48 anos, que foi considerado culpado por matar a tiros a agricultora Francisca Alves da Silva Oliveira, de 68 anos, em 2019. O crime aconteceu às margens da rodovia RN-78, na zona rural de Olho D'água dos Borges, no Oeste potiguar.

Segundo a acusação do Ministério Público do Rio Grande do Norte, a motivação do crime foi o "sádico prazer" de subtrair a vida da vítima. A idosa não conhecia o assassino, não tinha qualquer desavença com ele e também não teve nenhum objeto roubado após o crime. O júri popular foi realizado na terça-feira (8), em Mossoró.

O crime que vitimou Francisca Alves da Silva Oliveira, conhecida como Dona Chica, aconteceu na madrugada do dia 9 de janeiro de 2019, por volta das 4h30, na RN-078, entre Olho d’Água do Borges e Patu. Segundo a denúncia oferecida pelo MPRN, a idosa fazia uma caminhada matinal ao lado do marido, quando os dois foram abordados pelo médico e comparsas.

Em testemunho à polícia, o marido de Francisca disse estava caminhando com ela quando uma caminhonete branca se aproximou e parou atrás deles. Ainda de acordo com a vítima, ele ouviu um grito de “Ei, véi” e, em seguida, disparos de arma de fogo. O homem correu para um matagal e se escondeu. Ele ouviu os tiros que vitimaram a companheira.

Ainda de acordo com o MP, os dois idosos são reconhecidos na localidade onde moravam como pessoas de bem, pacatas, sem qualquer inimizade ou desavença. O médico e outros três suspeitos foram presos no mesmo dia do crime em um bar em Patu.

Wilson Edino de Freitas Jales foi condenado a 22 anos de reclusão por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por ter dificultado a defesa da vítima. Ele já estava preso em regime fechado e vai continuar na mesma condição. Outro acusado pelo crime ainda irá a júri popular no próximo dia 28 de março, também em Mossoró.

Fonte: Cidadão 190

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