Sandro André precisou receber atendimento médico após ser agredido. — Foto: Reprodução / redes sociais
O jornalista Sandro André da Silva Ferreira foi sequestrado, espancado por prefeito e teve o material de trabalho roubado enquanto fazia uma reportagem sobre postos de saúde fechados no município de Tucuruí, sudeste paraense, na sexta-feira (30). A descrição do caso foi feita pelo Sindicato de Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) neste sábado (31).
De acordo com a ocorrência registrada na delegacia do município, o crime ocorreu por volta das 16h, quando Sandro fazia filmagens. O jornalista foi agredido por um dos seguranças do posto, sequestrado e colocado dentro de uma caminhonete.
Durante o trajeto, Sandro voltou a ser agredido na cabeça, no peito e no abdômen pelos seguranças e pelo prefeito de Tucuruí, Alexandre Siqueira, como informou a nota de repúdio publicada pelo sindicato, juntamente com a Comissão em Defesa da Liberdade de Imprensa e Expressão da Organização de Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA).
"As agressões apenas cessaram quando o jornalista foi levado para a delegacia do município, onde o gestor municipal Alexandre Siqueira ainda insultou o advogado de defesa da vítima, advogado Gabriel Lambert. Em seguida, Sandro foi atendido na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Tucuruí. O jornalista realizou na manhã deste sábado (31) exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Tucuruí", comunicou a nota.
Por meio do posicionamento, o sindicato e a comissão também repudiaram a ação contra o jornalista. Eles afirmaram que entidades estão acompanhando o caso e mantendo contato com outras organizações nacionais de jornalistas e dos direitos humanos, na tentativa de resguardar a integridade de Sandro e responsabilizar os agressores.
A Polícia Civil (PC) que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas para elucidar o caso, que é investigado sob sigilo.
Sobre o caso, o g1 Pará solicitou posicionamento ao gabinete do prefeito de Tucuruí e ao partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), mas até a publicação desta matéria não obteve respostas.
Fonte: g1 Pará — Belém
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