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Teófilo da Conceição Silva com o irmão, Geidson Thiago Silva, policial militar morto no último domingo (6). — Foto: Arquivo Pessoal
O policial militar Geidson Thiago da Silva Dos Santos, de 39 anos, conhecido entre os colegas de farda como “Dos Santos”, era casado, pai de dois filhos e muito querido dentro da corporação, é o que afirma Teófilo da Conceição Silva, irmão do PM.
No último domingo (6), o soldado Geidson Thiago morreu após ser atingido por disparos de arma de fogo durante uma vaquejada no município de Trizidela do Vale. O autor do crime é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), que se apresentou à polícia na segunda-feira (7) e confessou a autoria. Nessa terça (9), a Polícia Civil do Maranhão pediu a prisão preventiva dele, mas a Justiça ainda não deferiu o pedido.
De acordo com Teófilo, o irmão dele foi morto enquanto tentava proteger pessoas que estavam sendo incomodadas pela luz alta do carro do prefeito.
“No momento da situação, em que o prefeito assassinou ele, ele perdeu a vida defendendo a sociedade. Porque o prefeito jogou a luz alta [do carro] lá no pessoal que tava em uma mesa. E ele foi chamar a atenção do prefeito pedindo que abaixasse a luz, porque estava incomodando o pessoal. Ele perdeu a vida defendendo a sociedade, que era o que ele fazia de melhor”, relatou.
Em entrevista ao g1, Teófilo falou com emoção sobre quem era seu irmão.
“O Thiago gostava muito de estar com a família e amigos. Jogava bola, corria comigo e sempre participava de eventos sociais. Ele só falava em investir nos estudos dos filhos”.
Teófilo contou também que, apesar de não ter seguido carreira como policial militar, foi a inspiração de Geidson. “Ele amava praticar esportes e ser policial militar. Eu já tinha passado no concurso para PM, e ele quis seguir o mesmo caminho”.
Sobre o dia do crime, Teófilo confirmou que o irmão havia consumido bebida alcoólica, mas negou que estivesse alterado. “Ele tinha consumido bebida alcoólica, mas não chegou a esse ponto de se alterar. Como tinha o dever de proteger a sociedade, se incomodou com essa situação [da luz alta] e foi chamar a atenção do prefeito. É o instinto policial de proteger as pessoas. Alterado mesmo quem estava era o prefeito”.
Em depoimento, o prefeito João Vitor Xavier confirmou o desentendimento com o policial e afirmou que Geidson estaria visivelmente embriagado. Também alegou que o PM teria mostrado uma arma para intimidá-lo. Teófilo rebate: “Mesmo que o Thiago tivesse exibido essa arma para ele, ainda assim não era motivo para fazer o que fez. A arma de fogo deve ser usada em último caso. Ele assassinou o Thiago de forma brutal, por um motivo fútil e sem dar chance de defesa”.
Teófilo também afirmou que o prefeito estaria tentando manchar a imagem do irmão. “Ele está usando sua força política e financeira para denegrir a imagem do meu irmão. Inclusive dando dinheiro para desafetos do Thiago postarem fake news. Tudo no intuito de destruir a imagem dele. Provavelmente essas ações estão sendo orientadas pelo advogado dele. Isso faz parte de uma estratégia de defesa".
Ele acrescenta que a família do prefeito tem histórico de comportamento violento. “Eles são conhecidos na região pelos atos de violência. Têm o costume de intimidar”, afirmou.
Por fim, Teófilo destaca o desejo da família por justiça, embora tema pela impunidade. “Eu espero que o Judiciário tome as medidas que o caso requer. Todavia, levando em consideração o poder aquisitivo e a influência política do assassino, tanto a família quanto os irmãos de farda estão com receio de que o autor consiga se safar.”
O crime
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prefeito de Igarapé Grande (MA), João Vitor Xavier, é suspeito de matar a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva — Foto: Arquivo pessoal
O crime aconteceu na noite de domingo (6), durante uma vaquejada em Trizidela do Vale (MA), quando João Vitor Xavier e o policial militar Geidson Thiago se desentenderam pelo fato de o PM ter pedido para João reduzir a luz dos faróis do carro porque estaria incomodando as pessoas no local.
Fonte: g1 MA — São Luís
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