Delegado e mais quatro funcionários da Polícia Civil são presos em operação contra vários crimes no Paraná

Delegado de Quedas do Iguaçu é preso em operação do Gaeco

Também foram presos um escrivão de polícia, um agente penitenciário e dois investigadores.

O delegado Alex Sandro Marcos, dois investigadores, um escrivão um agente penitenciário que atuam em Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná, foram presos, na manhã desta quarta-feira (3), na Operação Regalia, que mira os crimes de criminosa, peculato, concussão, falsidade ideológica, facilitação à fuga, usurpação de função pública e estelionato em cidades do oeste do Paraná.

O advogado Rubens José de Souza Júnior, que defende o delegado, disse que ele nega qualquer tipo de participação nos crimes.

A ação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Civil, e os mandados foram cumpridos em Quedas do Iguaçu, Francisco Beltrão, Capitão Leônidas Marques e Cascavel.

Conforme o Gaeco, um detento, que era tido como "preso de confiança", também é alvo de prisão, mas está foragido. Ele fugiu da delegacia há uma semana.

Os presos, ainda de acordo com o Gaeco, serão afastados das funções, mas continuam recebendo os salários normalmente. Eles devem ser encaminhados para a Delegacia de Furtos e Roubos, em Curitiba.

Onze mandados de busca e apreensão e uma ordem de afastamento da função pública contra uma investigadora da Polícia Civil também foram cumpridos.

Delegado de Quedas do Iguaçu é preso em operação do Gaeco — Foto: Michelli Arenza/RPC

Como funcionava o esquema

De acordo com os promotores, os investigados atuavam junto com o preso de confiança e do agente penitenciário. Eles são suspeitos de abordar agricultores e empresários da região e, ao informá-los de que estariam cometendo crime ambiental, recolhiam madeiras e baterias das máquinas agrícolas.

Depois, quando as vítimas iam para a delegacia, eram atendidas pelo preso, que ora se passava por fiscal do Ibama, ora por policial civil, exigindo valores em troca da não instauração de investigação ou para a devolução dos bens apreendidos.

Todos os atos eram supostamente praticados com a anuência e em benefício dos demais investigados, ainda conforme o Gaeco.

Fonte:  G1 PR